Como a Dieta Cetogênica Pode Influenciar Transtornos Alimentares Atuando na Ínsula Cerebral 🧠🥑

Você sabia que um pequeno pedaço do cérebro, escondido no fundo do córtex, pode ser responsável por como sentimos fome, prazer ao comer e até nossa imagem corporal? E que a Dieta Cetogênica pode ajudar a regular tudo isso? Assista ao vídeo abaixo

A dieta cetogênica (DC) pode afetar o sistema límbico, principalmente por meio de mudanças no metabolismo energético cerebral, modulação de neurotransmissores e influência sobre circuitos de recompensa e regulação emocional. Mas, o que é o sistema límbico?

O sistema límbico é uma parte crucial do cérebro envolvida em emoções, motivação, memória e recompensa, desempenhando um papel central em compulsões e vícios.

Relação entre Compulsões, Vícios e o Sistema Límbico

1. Circuito de Recompensa (Via Mesolímbica)

- O sistema límbico, está ligado à dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e à motivação.

- Quando uma pessoa experimenta algo prazeroso (como drogas, jogos, comida ou sexo), a dopamina é liberada, reforçando o comportamento e criando um ciclo de busca por mais recompensa.

2. Disfunção no Controle Inibitório

- O córtex pré-frontal (que regula decisões e impulsos) interage com o sistema límbico.

- Em casos de vício ou compulsão, há um desequilíbrio: o sistema límbico (que busca recompensa) fica hiperativo, enquanto o córtex pré-frontal (que deveria frear impulsos) tem sua função reduzida. É o caso da bipolaridade e das compulsões.

3. Memória e Hábito (Hipocampo e Amígdala)

- O hipocampo (memória) e a amígdala (emoções) armazenam associações entre certos estímulos e prazer, levando a gatilhos que desencadeiam compulsões.

- Por exemplo, um viciado em álcool pode ter desejos intensos ao ver um bar (associação armazenada no sistema límbico).

4. Tolerância e Dependência

Com o tempo, o cérebro se adapta à superestimulação da dopamina, reduzindo sua sensibilidade (tolerância).

- Isso leva a um consumo maior para obter o mesmo prazer, perpetuando o vício.

Descubra o papel oculto da ínsula no cérebro e como a dieta cetogênica pode impactar fome, prazer e emoções — fatores centrais nos transtornos alimentares.

A ínsula é uma região do cérebro localizada profundamente no córtex cerebral, envolvida em processos emocionais, interocepção (percepção dos estados internos do corpo) e tomada de decisão.

Sua disfunção está fortemente associada a transtornos alimentares como anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar.  

Principais Relações entre a Ínsula e Transtornos Alimentares

Interocepção e Percepção de Fome/Saciedade

- A ínsula é responsável pela interocepção. A interocepção é a capacidade de perceber e compreender as sensações internas do corpo, como fome, sede, dores, e mudanças no ritmo cardíaco. É o nosso "oitavo sentido", que nos permite ter consciência do nosso estado fisiológico e emocional. Ela ajuda a interpretar sinais corporais como fome, saciedade, sede e dor. 

- Em pessoas com anorexia nervosa, há evidências de que a ínsula pode subestimar a fome ou superestimar o desconforto digestivo, contribuindo para a restrição alimentar.  

- Em casos de compulsão alimentar, a ínsula pode ter dificuldade em processar corretamente a saciedade, levando a episódios de comer excessivo.  

Processamento do Prazer e Recompensa

- A ínsula está conectada ao sistema de recompensa. 

- Em indivíduos com bulimia ou compulsão alimentar a ínsula pode hiper-responder a estímulos de comida altamente palatável (como doces e gordurosos), aumentando o desejo por esses alimentos.  

- Já na anorexia pode haver uma resposta reduzida a recompensas alimentares, reforçando a aversão à comida.  

Regulação Emocional e Ansiedade

- A ínsula está envolvida na consciência emocional e na resposta ao estresse.  

- Muitos transtornos alimentares estão ligados a altos níveis de ansiedade e dificuldade em lidar com emoções negativas. 

- A ínsula pode potencializar as sensações corporais desagradáveis (como "inchaço"), levando a comportamentos compensatórios (vômitos, exercício excessivo).  

Distorção da Imagem Corporal

- Alguns estudos sugerem que a ínsula, em conjunto com outras áreas está envolvida na representação mental do corpo

- Em pacientes com anorexia pode haver uma desconexão entre a percepção real do corpo e a autoimagem distorcida.  

A ínsula é um centro crítico que integra sinais corporais, emoções e decisões relacionadas à alimentação. Sua desregulação contribui para os sintomas centrais dos transtornos alimentares, desde a negação da fome até a perda de controle sobre a ingestão de comida.

Dieta Cetogênica e Função da Ínsula  

- Epilepsia e Controle de Crises: A ínsula está envolvida em algumas formas de epilepsia, e a dieta cetogênica demonstrou modular sua atividade, possivelmente contribuindo para seus efeitos anticrise.  

  - Exemplo de Estudo: Um estudo de 2018 na NeuroImage: Clinical mostrou que a Keto altera a conectividade funcional em redes cerebrais, incluindo a ínsula, o que pode reduzir a frequência de crises.  

- Apetite e Desejos por Comida: A ínsula regula a sensação de fome e a percepção de sabores. A cetose (induzida pela Cetogênica) pode reduzir a reatividade da ínsula a estímulos de alimentos ricos em carboidratos.  

  - Exemplo de Estudo: Uma pesquisa de 2020 na Appetite relatou que a cetose diminui a ativação da ínsula em resposta a recompensas alimentares, reduzindo possivelmente os desejos.  

- Ansiedade e Depressão: A ínsula fica hiperativa em transtornos de ansiedade, e a keto pode modular sua atividade ao aumentar o GABA (neurotransmissor calmante) e reduzir a neuroinflamação.  

  - Exemplo de Estudo: Um estudo de 2021 na Metabolic Brain Disease sugeriu que a cetogênica pode estabilizar o humor ao influenciar a conectividade da ínsula.  

- Vício e Processamento de Recompensa: A ínsula é crucial em vícios (açúcar, álcool). A cetogênica pode suprimir os desejos ao alterar o metabolismo cerebral.  

  - Exemplo de Estudo: Um artigo de 2019 na Frontiers in Psychiatry discutiu como a cetogênica pode reduzir comportamentos viciantes via modulação da ínsula.  

- Evidências de Ressonância Magnética (fMRI): Alguns estudos mostram que a DC altera a conectividade em repouso da ínsula, melhorando a regulação emocional.  

  - Exemplo de Estudo: Uma pesquisa de 2017 no Brain and Behavior encontrou mudanças na conectividade da ínsula em pessoas sob cetogênica, correlacionadas com melhor desempenho cognitivo.  

Conclusão  

A dieta cetogênica parece influenciar a ínsula ao:  

Reduzir hiperexcitabilidade (útil na epilepsia)  

Modular vias de recompensa alimentar (reduzindo desejos)  

Estabilizar circuitos relacionados ao humor (ansiedade/depressão)  

Afetar processamento ligado ao vício

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Escrito por:

Juliana Szabluk

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